sábado, 13 de setembro de 2008

Caso Soninha Francine


Ressentemente, recebi em meu e-mail o Manisfesto Contra a atitude, mafiosa e antidemocrática, da Câmara Municipal de São Paulo, em relação à entrevista da - até então - vereadora Soninha, em que esta dá sua opinião sobre os métodos políticos de alguns vereadores.


Deixo bem claro que não estou fazendo campanha política de ninguém no meu blog, mas acho que esse fato é importante para reflexão sobre a nossa política e o conceito de democracia de verdade.


Segue a baixo o manifesto:


Manifesto de solidariedade à Soninha, pela coragem de criticar a atuação da Câmara Paulistana


Nós, cidadãos e cidadãs que ainda acreditamos que a ética e a transparência são essenciais à política e à democracia, repudiamos veementemente os atos de hostilidade contra a vereadora e candidata do PPS à Prefeitura de São Paulo, Soninha Francine, e consideramos inadimissível qualquer tentativa de intimidação ou ameaça de punição pelo simples fato de manifestar o seu pensamento e as suas opiniões.


Estamos todos solidários à vereadora Soninha neste momento, pela coragem de jogar luz sobre a obscuridade da Câmara Municipal de São Paulo - e pelo desprendimento de abrir mão de uma possível reeeleição como vereadora para entrar em uma campanha majoritária e influenciar decisivamente nos rumos do debate político e programático da cidade.
Quando Soninha afirmou na sabatina do jornal "O Estado de S. Paulo" que os vereadores paulistanos fazem acertos de todos os tipos e diferentes nuances, mais ou menos republicanas, para a aprovação de projetos na Câmara, foi como se riscasse um fósforo sobre um barril de pólvora.


A grande maioria dos vereadores simplesmente não admite que algum de seus pares questione as práticas e métodos próprios do parlamento paulistano. Quase como o "código de honra" da máfia, que manda exterminar quem se opõe às regras do crime organizado, alguns vereadores pedem a cabeça de quem ousa questionar o modus operandi das negociações realizadas na Câmara Municipal.


Não é segredo para ninguém que os projetos de lei - seja de iniciativa do Executivo ou dos vereadores - só entram em pauta após acordo entre os líderes partidários. Como se chega a esses acordos é o grande tabu - que a imprensa não aprofunda e que Soninha vem apontando desde o seu primeiro ano de mandato, sem grande repercussão.


Agora que é candidata à Prefeitura, as mesmas declarações ganham um enfoque diferenciado. Mas a nossa indignação é a mesma de Soninha contra essa prática dos vereadores paulistanos - que, em vez de pedirem a apuração das acusações e o esclarecimento das suspeitas, querem a punição da acusadora. Muito singular este senso de justiça e transparência.


Porém, São Paulo reivindica um novo parâmetro ético para qualificar o debate e dignificar a nossa representação política. Assim, a postura de Soninha deixa de ter apenas um caráter partidário para se transformar em um clamor de todos aqueles que amam esta cidade e desejam resgatar os sonhos e a esperança de uma sociedade mais digna, justa e humana.


Roberto Freire, presidente nacional do PPS; João Batista de Andrade, cineasta e ex-secretário estadual da Cultura; Paulo Baia, professor do Departamento de Economia da PUC; Sérgio Salomão Shecaira, professor titular de Direito Penal da USP; Alberto Aggio, historiador e professor livre-docente da Unesp; Marco Antonio Villa, professor da Universidade Federal de São Carlos; Clarice Herzog, publicitária; Arrigo Barnabé, músico; Cláudio Kahns, cineasta; Ana de Hollanda, cantora e compositora; Gunnar Carioba, administrador; Tereza Vitale, coordenadora nacional de Mulheres do PPS; Hercídia Mara Facuri Coelho, pró-reitora acadêmica da Universidade de Franca; Luís Mir, historiador; Dina Lida Kinoshita, doutora em física da USP e membro da Cátedra UNESCO de Educação para a Paz, Direitos Humanos, Democracia e Tolerância; Giovanni Menegoz, tradutor; Tibério Canuto, jornalista; Eliete Negreiros, cantora e pesquisadora de música popular brasileira; Silvano Tarantelli, jornalista; Wanderlei Silva, diretor do Polo de Cinema e Video do DF; Diógenes Botelho, jornalista; Arnaldo Jardim, deputado federal; Davi Zaia, deputado e presidente estadual do PPS de São Paulo; Carlos Fernandes, presidente municipal do PPS de São Paulo; Nelson Teixeira, secretário-geral do PPS de São Paulo; Moacir Longo, presidente de honra do PPS; Maurício Huertas, jornalista e coordenador do Movimento Vergonha Nunca Mais, pela Ética na Política.

IMPORTANTE: A participação é aberta a qualquer cidadão. Estão listadas acima apenas as assinaturas iniciais do documento. A íntegra dos nomes dos apoiadores será atualizada e divulgada no decorrer dos dias. Para aderir ao manifesto, envie um e-mail para: vergonha@uol.com.br

Um comentário:

Lila disse...

CRIS!!!! faz tempo q não vejo nada de novo nesse blog, logo vc...preciso que vc mantenha a mente trabalhando sempre!! saudade de vc e de suas escritas...
Bj

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